São Paulo, uma cidade no limite: Conheça a "Rua Augusta".

Apartir de hoje, mostraremos uma série de postagens que mostram os contrastes dessa cidade, que é ao mesmo tempo a mais rica do Brasil e uma das que concentram os maiores indíces de favelas. São Paulo é rica e pobre. Acolhedora e repulsiva. Linda e horrível. Vamos mostrar tudo isso ao longo dessa série.
E creio que essa série não teria seu objetivo alcançado se iniciássemos falando de outra rua que não a Rua Augusta. Importante trecho de ligação do Centro com a região Oeste com mais de 3,5 km de extensão, a Rua Augusta é um exemplo dos contrastes de São Paulo. Concentra em si um dos principais pontos ricos da capital, mas ao mesmo tempo é um dos mais conhecidos locais de prostituição barata. O "divisor" dessas duas Augustas é nada menos que a Avenida Paulista, pricipal centro econômico da capital. A Rua Augusta possui lojas, restaurantes, lanchonetes, centros de cultura e lazer e salões de estética que diferem radicalmente em estrutura, tipo de serviço, público e preço dependendo do lado em que estiver.
A "parte rica" da Augusta
Compreendida no sentido Jardins (zona oeste), entre a Avenida Paulista e a Rua Estados Unidos, esse trecho da rua Augusta concentra lojas de importantes grifes, além de salões de beleza, cinemas, e centros de luxo como a Galeria Ouro Fino. Nessa parte da rua, uma tabela de preço específica é destinada à classe média. É raro encontrar um salão em que um corte de cabelo feminino saia por menos de R$ 18. Os ambientes são claros, bem decorados, com designer moderno e possuem produtos caros.
Nesse trecho da Augusta estão localizados também o Clube Atletico Pinheiros, o Museu da Imagem e do Som e o CineSesc. Além disso, esse trecho da Augusta faz cruzamento com a rua Oscar Freire considerada a rua mais cara do Brasil.
A "parte pobre" da Augusta
No centido centro, a situação é completamente direfente. A região compreendida entre a Avenida Paulista e o centro é chamada de "Augusta baixa" pelo comerciante da rua. Lá, a iluminação mais fraca das ruas evidencia as vitrines dos salões. Desse lado, o ambiente “clean” é substituído por um mistura de papéis colados no vidro anunciando as promoções da casa, roupas de cores berrantes novas e usadas à venda, sapatos brilhantes e pôsteres de produtos ou tratamentos de beleza. Salões oferecem tratametnos estéticos como bronzeamento artificial por R$ 10,00 cada sessão, ou maquiagem completa por R$ 30,00. A diferença está também nos horários de funcionamento: enquanto no sentido Jardins os estabelecimentos não passam das 20:00, no sentido centro alguns salões funcionam praticamente a noite toda.
Além dos salões de beleza, há também os restaurantes que servem lanches baratos, procurados principalmente por jovens que saem das baladas.
Um outro tipo de comércio bastante encontrado nesse ponto da Augusta é o sexo. Lojas de sex-shop e casas de show e prostituição são encontradas no ponto chamado de "inferninho" da Augusta.
Em breve, mais da série "São Paulo: uma cidade no limite"