Zina e Pânico na TV: a exaltação do ridículo
O Zina, do Pânico na TV, foi detido na manhã desta quarta-feira com um pino de cocaína na zona norte de São Paulo.
Por volta das 7h, policiais militares receberam um denúncia anônima de que dois homens estariam armados na rua Capela da Lagoa, no Parque Panamericano. Durante a revista policial foi encontrado o entorpecente no bolso do Zina. Segundo a PM, ele resistiu à abordagem policial.
O integrante do Pânico na TV foi encaminhado ao 74º DP, na Parada de Taipas, para a elaboração de um TC (Termo Circunstanciado), já que a quantidade apreendida o classifica como usuário.
O programa Pânico na TV é conhecido por seu humor esculachado, que faz piada de qualquer coisa, e com humor critica (ou pelo menos tenta criticar) muitas estruturas da sociedade. Zombam da classe alta, da classe baxa, dos políticos, das celebridades, do que e consideram celebridades, ou seja, ninguém escapa da língua afiada de Christian Pior, Sabrina Sato e equipe.
Ate aí nao vejo nada de mal no programa. Faz bem um humor sem "papa na língua", diferente do CQC, que tenta ser "politizado" e acaba por fazer um humor sem graça, tentando adaptar os stand ups para a TV. Mas o Pânico na TV tem um outro lado que considero insuportável de se ver: o humor baseado na exposição ao ridículo, constragendo muita vezes pessoas nas mais diversas situações, além da baixaria e falta de respeito com pessoas ao filmar matérias em praias de nudismo (supõe-se que se essas pessoas foram até uma praia reservada é porque não queriam se expor). Mas, com surras e bundas, o Pânico vem conquistando a liderança todos os domingos.
Mas o programa se superou com a história de Zina, um sujeito que ninguém sabe da onde veio (um lugar chamado Xurupita) e que virou celebridade ao falar a famosa frase "Ronaldo. Brilha muito no Corinthians", frase essa que não diz nada nem qualquer coisa. Talvez o humor resida exatamente aí, no fato de um sujeito não saber nem o que está falando. Tudo bem, mas daí tornar o sujeito uma celebridade, com contrato em emissora de TV e tudo mais é algo inaceitável. De pobre cachaceiro, Zina virou uma celebridade que cobra R$ 10 mil para comparecer num evento e simplesmente pronunciar "Ronaldo. Brilha muito no Corinthians". Enquanto diversas pessoas se matam em escolas de dramatugia par conseguir papéis ínfimos e ganhar mixarias, um sujeito que ninguém sabe o que faz vira artista.
Ninguém sabia o que faz. Agora sabemos. Confirmando o que eu esperava dele, Zina é dependente químico, tanto que foi preso hoje. O problema não é ser dependente, pois infelizmente muita pessoas hoje no Brasil sofrem com essa lastimável situação. Mas creio que a equipe do Pânico na TV, por ser uma equipe já antiga e com experiência em comunicação, devera ter analisado melhor quem contrata para seus programas. Simplesmente por fazer uma gracinha que todos gostaram de ver, entregaram um contrato a uma pessoa que mal sabem de onde veio.
Porém, infelimente, é assim que a TV brasileira se constroi hoje. Com a desculpa de que "há muito talento na rua", situções cada vez mas ridículas vem sendo expostas aos nossos olhos dia após dia, além da superexibição do sexo gratuito e do corpo da mulher como simples objeto de satisfação sexual. Programas como Pânico na TV, Pegadinhas Picantes do SBT nos mostram que cada vez mais a TV aberta no Brasil (e no mundo, pois isso não é "privilégio" só nosso) vai se perdendo para a audiencia a toda custo. Par ter retorno, vale colocar no ar qualquer coisa.
Agora Zina "brilha muito na cadeia".
Por volta das 7h, policiais militares receberam um denúncia anônima de que dois homens estariam armados na rua Capela da Lagoa, no Parque Panamericano. Durante a revista policial foi encontrado o entorpecente no bolso do Zina. Segundo a PM, ele resistiu à abordagem policial.
O integrante do Pânico na TV foi encaminhado ao 74º DP, na Parada de Taipas, para a elaboração de um TC (Termo Circunstanciado), já que a quantidade apreendida o classifica como usuário.
O programa Pânico na TV é conhecido por seu humor esculachado, que faz piada de qualquer coisa, e com humor critica (ou pelo menos tenta criticar) muitas estruturas da sociedade. Zombam da classe alta, da classe baxa, dos políticos, das celebridades, do que e consideram celebridades, ou seja, ninguém escapa da língua afiada de Christian Pior, Sabrina Sato e equipe.
Ate aí nao vejo nada de mal no programa. Faz bem um humor sem "papa na língua", diferente do CQC, que tenta ser "politizado" e acaba por fazer um humor sem graça, tentando adaptar os stand ups para a TV. Mas o Pânico na TV tem um outro lado que considero insuportável de se ver: o humor baseado na exposição ao ridículo, constragendo muita vezes pessoas nas mais diversas situações, além da baixaria e falta de respeito com pessoas ao filmar matérias em praias de nudismo (supõe-se que se essas pessoas foram até uma praia reservada é porque não queriam se expor). Mas, com surras e bundas, o Pânico vem conquistando a liderança todos os domingos.
Mas o programa se superou com a história de Zina, um sujeito que ninguém sabe da onde veio (um lugar chamado Xurupita) e que virou celebridade ao falar a famosa frase "Ronaldo. Brilha muito no Corinthians", frase essa que não diz nada nem qualquer coisa. Talvez o humor resida exatamente aí, no fato de um sujeito não saber nem o que está falando. Tudo bem, mas daí tornar o sujeito uma celebridade, com contrato em emissora de TV e tudo mais é algo inaceitável. De pobre cachaceiro, Zina virou uma celebridade que cobra R$ 10 mil para comparecer num evento e simplesmente pronunciar "Ronaldo. Brilha muito no Corinthians". Enquanto diversas pessoas se matam em escolas de dramatugia par conseguir papéis ínfimos e ganhar mixarias, um sujeito que ninguém sabe o que faz vira artista.
Ninguém sabia o que faz. Agora sabemos. Confirmando o que eu esperava dele, Zina é dependente químico, tanto que foi preso hoje. O problema não é ser dependente, pois infelizmente muita pessoas hoje no Brasil sofrem com essa lastimável situação. Mas creio que a equipe do Pânico na TV, por ser uma equipe já antiga e com experiência em comunicação, devera ter analisado melhor quem contrata para seus programas. Simplesmente por fazer uma gracinha que todos gostaram de ver, entregaram um contrato a uma pessoa que mal sabem de onde veio.
Porém, infelimente, é assim que a TV brasileira se constroi hoje. Com a desculpa de que "há muito talento na rua", situções cada vez mas ridículas vem sendo expostas aos nossos olhos dia após dia, além da superexibição do sexo gratuito e do corpo da mulher como simples objeto de satisfação sexual. Programas como Pânico na TV, Pegadinhas Picantes do SBT nos mostram que cada vez mais a TV aberta no Brasil (e no mundo, pois isso não é "privilégio" só nosso) vai se perdendo para a audiencia a toda custo. Par ter retorno, vale colocar no ar qualquer coisa.
Agora Zina "brilha muito na cadeia".