No meu ultimo texto comentei que meu sobrinho está na primeiro ciclo de alfabetização, e mais especificamente no primeiro ano, e que ele ainda não reconhece e não conhece todas as letras do alfabeto.
Resolvemos atacar as duas frentes: revisão dos materiais de aula e aplicação de exercícios extras em casa. É fato e indiscutível que deveriamos ter feito isso mais cedo, fomos relapsos, mas antes agora do que ao final do primeiro ciclo após resultados irrisórios em testes e avaliações.
Uma coisa que me deixou estupefato é que o velho e antigo Bê-A-Bá já não é aplicado. Não vi ser aplicada aquela sequencia de aprendizado que vi por muitos anos, as letras foram aprendidas de forma aleatória e as combinações consoante-vogal foram pouco vistas indo diretamente para a formação de palavras inteiras. Então eu questiono, como construir uma palavra se a criança não conhece as silabas?
Para meu sobrinho ABELHA se escreve assim: ABLHA. Por que falta o E? Porque ele lê letra a letra A-BE-lha.
E é neste ritmo que as coisas estão indo, com crianças que não aprendem de forma sequencial e que não podem sofrer o impacto negativo de ser reprovado. E não adiantou nada minha irmã pedir que a professora o reprove porque o MEC disse que não pode mais.
Recentemente sairam os resultados da Prova ABC, uma avaliação feita pelo movimento Todos Pela Educação por meio de parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e a Fundação Cesgranrio, o Instituto Paulo Montenegro/Ibope, que avaliou o desempenho dos estudantes no final do primeiro ciclo de aprendizagem, ou seja, até o terceiro ano do ensino fundametal. O resultado é realmente muito alarmante para quem depende da escola pública.
Os resultados refletem o que há muito já era esperado. Foi demonstrado que mostram que 57,2% dos estudantes do terceiro ano do ensino fundamental não conseguem resolver problemas básicos de matemática, como soma ou subtração.Esta prova mostrou ainda que 43,9% dos alunos da mesma fase não tiveram desempenho satisfatório em leitura.
Em matemática a média nacional de alunos que aprenderam o esperado em matemática chegou a 42,8%. Nas escolas privadas esse índice é de 74,3% e nas públicas de 42,8%. Na prova de leitura a média nacional foi de 56,1% - 79,0% nas privadas e 48,6% nas públicas. Na prova de escrita a média de todo o país chegou a 53,4% - 82,4 nas escolas particulares e 43,9% nas públicas
O levantamento apresenta ainda uma grande diferença entre os resultados das escolas privadas e das escolas públicas. As operações básicas de somar e subtrair dos alunos das escolas públicas que chegaram ao nível esperado chegam a 32,6%. Isso significa que de cada grupo de 100 alunos apenas pouco mais de 32 alcançaram o conhecimento mínimo esperado.
Diante desse quadro, não posso culpar apenas o descaso do poder publico com a educação brasileira, fato este notório e muito bem conhecido e que propos uma recomendação de que as crianças não sejam reprovadas até o final do primeiro ciclo.
Devo chamar a atenção também para a participação dos pais. Em minha casa tenho um exemplo claro disso, meu sobrinho não tem o apoio da minha irmã nos estudos. É triste ver que já estamos em setembro e meu sobrinho mal conhece as vogais e os números, consoantes são praticamente desconhecidas. Combinar consoantes e vogais é algo inimaginável. Mesmo com todas estas dificuldades ele irá para o segundo ano.
Outro problema são as abordagens dos professores, mas isso fica pra um outro post.
Qual a contribuição que cada um de nós está dando?
@cesar_leao Olá leitor do Novas Idéias, tudo numa boa?
Esse é um questionamento que abate muitos formandos às vésperas de sua formatura: Emendo um mestrado? Faço uma especialização? Vou direto pro mercado de trabalho? Nesse momento fica complicado manter o equilíbrio da relação formação-experiência, e em partes pelo próprio mercado de trabalho.
Quantos degraus devo subir?
As empresas pedem, em muitos casos experiência para o jovem que terminou a sua faculdade e quer entrar no mercado de trabalho. O jovem profissional sabe que tem um potencial a oferecer, só que em muitos casos o estágio é pouco valorizado como experiência, sendo que, quem já foi estagiário sabe, em muitas empresas quem mais trabalha é o estagiário.
Na ânsia por conseguir uma colocação no mercado o jovem profissional se lança aos cursos de pós-graduação para melhorar a sua formação, vem um questionamento: Lato Sensu ou Stricto Sensu? E qual a diferença entre eles?
Cursos de Aperfeiçoamento e de Especialização são Lato Sensu, ou seja, são aprendizados de sentido amplo, em oposição, o Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado são Stricto Sensu, são abordados temas de sentido mais restrito. Em melhores palavras, uma Especialização em Gestão Ambiental vai abordar conteúdos gerais de gestão e gerenciamento do meio ambiente, já um Mestrado em Gestão Ambiental vai abordar uma área específica e desenvolver técnicas de gestão e conservação do meio ambiente.
Partindo do que foi dito nesse último parágrafo, o jovem profissional deve saber que tipo de formação está buscando e saber que portas essa formação oferece. Na grande maioria dos casos, cursos Stricto Sensu são mais voltados para a vida acadêmica e de pesquisas, e os Lato Sensu são mais voltadas a profissionais que estão no mercado de trabalho e querem ampliar seus conhecimentos, dominar novas ferramentas.
Além de tudo isso, é fundamental que o jovem avalie qual tipo de formação é mais interessante para o mercado em que ele pretende se inserir. O mercado anda cada vez mais acirrado e competitivo portanto, devemos estar de olho no que ele pede!
@cesar_leao Olá leitores do Novas Ideias, tudo bem com todos? Espero que sim.
No último post falei de uma recomendação do MEC sobre reprovação nas séries iniciais.
Essa recomendação do MEC lembra-me muito o sistema de Ciclos implementado em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, estado dito com melhor educação, onde os alunos não são mais reprovados, sendo aplicado o sistema de Progressão. Este sistema foi implementado em 1996, e a partir desse ano, os alunos que não atingem a nota mínima para aprovação, que é 5,0, é aprovado e mantém dependência em até 3 matérias.
O que é esta dependência? Durante o ano letivo subsequente, o aluno tem que fazer trabalhos para as matérias na qual foi reprovado afim de compensar a deficiência de notas do ano anterior.Eu, dentro da minha ignorância sobre pedagogia, mas com muitos anos de estudo, acho muito difícil que um aluno consiga aprender as matérias, por exemplo, do 5° ano sem saber as matérias do 4° ano. É uma subida gradual, em escala dividida por anos, é descabido pular degraus nessa escada.
Estas recomendações e sistemas que impedem a reprovação são, do meu ponto de vista particular, muito nocivos. Os governos parecem muito mais preocupados com os números nos índices de evasão e reprovação do que com o real aprendizado do aluno.
Além disso, essa facilidade em ser aprovado traz, para o aluno, uma visão simplista da vida de que não é necessário esforço para se avançar na vida, e isso eu vejo todos os dias com os meus sobrinhos e as crianças para as quais dou reforço escolar. E nós, os adultos, sabemos que a vida não é esta Disney!
E então, o que tu faz pela educação do teu filho/sobrinho/primo? Não tenho como mudar o mundo de uma vez, mas posso mudar cada um que passar por mim e espalhar esta onda de mudanças!!
@cesar_leao Olá educados leitores do Novas Ideias, tudo em ordem com vocês?
Durante a semana passada o hit do Youtube no Brasil foi o vídeo da professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte. A parte mais expressiva do discurso da professora, na minha opinião, é esse: "Como as pessoas até agora, apresentaram números, e números são irrefutáveis, eu também vou fazê-lo. Apresento um número de três algarismos apenas, que é o do meu salário, de R$ 930".
Diante disso, os deputados, sejam eles estaduais ou federais, deveriam sentir vergonha do descaso com a educação. Enquanto os governantes do Brasil não pensarem em educação a longo prazo não haverá uma solução digna da dimensão do País e da importência que se quer para o mesmo.
Já foi votado e aprovado o piso nacional para a educação, uma atitude respeitável do Governo Federal. Entretanto, ainda cabe aos Governos Estaduais aplicarem a lei sem uso de manobras que oneram os educadores.
Entrou em vigor, no início deste ano, uma "forte recomendação" do MEC para que as crianças nas séries inciais, entenda-se aqui os 3 primeiros anos do ensino fundamental, não sejam mais reprovadas e que estes 3 anos sejam tomados como um único ciclo.
Como a professora Amanda falou, "estão me colocando dentro de uma sala de aula com um giz e um quadro para salvar o Brasil, é isso? Com os alunos entrando a cada momento com uma carteira na cabeça porque não tem carteira nas salas. Sou eu a redentora do País?" Quando haverá mais investimento em infraestrutura de educação? Nâo adianta construir a escola e enfiar lá dentro os profesores se eles não tem a infraestrutura básica, como quadros descentes, iluminação, classes e cadeiras.
Então, eu venho aqui perguntar, qual a educação que queremos? Eu quero uma educaçao que ensine a pensar, refletir, criticar, e não que apenas apresente um baixo índice de reprovações.
@cesar_leao Sim leitores inteligentes do Novas Ideias! Os mortos estão renascendo das cinzas!
Vou falar mais um pouco sobre estudo, já que isso eu faço a aproximadamente 20 anos! Sim, comecei a estudar com 4 anos de idade, quando fui pro jardim de infância, e desde então não parei ainda!
No mês de abril deste ano, foi lançado o PRONATEC. Creio, profundamente, que tu nem ouviu falar desse bicho e deve estar querendo me perguntar onde se compra isso! Pois bem, vou explicar!
O Pronatec, Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego, é similar ao ProUni, porém é voltado para o Ensino Técnico!
A ideia do governo promover a formação de mão de obra especializada para a indústria e o comércio em geral.
A proposta do Ministério da Educação, para isso, é oferecer financiamento ao Sistema S – conjunto de entidades como o Senac, Sesc, Senai, Sesi – por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com a ampliação da rede, os estudantes de ensino médio – de escolas públicas, mas sem limites de renda mensal familiar – que se interessassem poderiam fazer cursos técnicos gratuitos nas escolas do Sistema S gratuitamente, no turno contrário aos das aulas regulares.
O Pronatec visa a ampliação de vagas e expansão das redes estaduais de educação profissional. Ou seja, a oferta, pelos estados, de ensino médio concomitante com a educação profissional.
O mesmo projeto de lei que criou o Pronatec ampliou o alcance do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), que passa a chamar-se Fundo de Financiamento Estudantil, com a mesma sigla. O funcionamento é similar ao do Fies do ensino superior, porém com 18 meses de carência e seis vezes o tempo do curso, mais 12 meses para pagamento.
Segundo a minha opinião pessoal, esse é um grande acerto do governo Dilma. Um país que quer crescer e tronar-se realmente desenvolvido deve investir em educação, mas não apenas em Ensino Superior. De que adianta ter muitos Engenheiros se não temos técnicos para dar apoio? Ações pontuais, como o Prominp, são úteis, mas não solucionam.
Este é um momento propício para fortalecer o ensino técnico pois a pirâmide etária do Brasil, para os próximos anos, terá seu centro maior que o topo e a base. Isso quer dizer que teremos muito mais pessoas economicamente ativas do que inativas.
Mais uma do nosso Congresso! Foi criado, pelo presidente do Senado José Sarny, O Eterno, um grupo de 15 parlamentares para elaborar um anteprojeto de reforma política. Este grupo contará com a presença de Tofoli, aquele ministro do STF cujo ingresso foi bastante conturbado.
Serão 12 senadores e 3 senadoras, que foram integradas mais tarde. Os indicados são: Francisco Dornelles (PP-RJ), indicado por Sarney para presidir o colegiado; Itamar Franco (PPS-MG); Fernando Collor (PTB-AL); Aécio Neves (PSDB-MG); Demóstenes Torres (DEM-GO); Roberto Requião (PMDB-PR); Luiz Henrique (PMDB-SC); Wellington Dias (PT-PI); Jorge Viana (PT-AC); Pedro Taques (PDT-MT); Antônio Carlos Valadares (PSB-SE); Eduardo Braga (PMDB-AM); Ana Rita Esgario (PT-ES); Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM); e Lúcia Vânia (PSDB-GO).
Vejamos que temos nomes bem conhecidos do nosso cenário político nacional, como Fernando Collor e Aécio Neves, Itamar Franco, Demóstenes Torres, e alguns nomes novos nesse cenário, como Luiz Henrique, Pedro Taques, Ana Rita Esgario.
A julgar pela heterogeneidade das siglas e das experiências de cada um, será uma longa discussão, novos projetos sucumbirão frente a velhos hábitos. Os novos terão de ter bastante personalidade para que isso não ocorra!
A Presidenta Dilma afirmou na semana passada que a votação do mínimo representou a coesão da base aliada, entretanto os deputados já dão sinais de que foi um jogo de intresses.
O Deputado Henrique Eduardo Alves conseguiu a façanha de convencer TODO o PMDB a votar na proposta do govrno de R$ 545,00, fato que não ocorreu nem no PT, partido do governo. Como estamos falando de política brasileira, o deputado já acena o interesse em cargos de segundo escalão na Caixa Econõmica Federal, no Banco do Brasil e em outros órgãos.
Essa unanimidade do PMDB demonstrou o peso que o partido tem na Câmara, e pode ser algo assustador para o governo, pois, pode ser usada contra ele em outras ocasiões em que o choque de interesses for maior.
Aguardaremos as próximas movimentações do partido, principalmente se as demandas do partido não forem atendidas!
Vimos que a votação do novo mínimo foi bastante polêmica, onde houve erros na hora da votação e muita discussão de valores, mas no fim das contas o povo continuou perdendo. O salário mínimo passou de R$ 510,00 para R$ 545,00. Isso equivale a pouco mais de R$ 1,00 por dia para a população. A presidente Dilma declarou que essa vitória demonstrou coesão da base governista, ou isso é interesse por cargos? Afinal de contas, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informaram que será necessário um corte de R$ 50 bilhões no orçamento. As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os programas sociais, como o Bolsa-Família, não serão afetados. Segundo a ministra, a redução deve afetar pelo menos um terço do total de emendas ao orçamento, que chegou a R$ 23 bilhões neste ano.
O que se pode fazer com R$1,00 ao dia? Esse aumento não compensa as perdas que a população sofreu com a inflação e com os aumentos de juros. A população carente, a quem o governo tanto defende, não será beneficiada por esse aumento. A presidente pretende aumentar o mínimo para R$ 600,00 até 2012 e só vejo dois caminhos, um novo aumento durante o ano ou um aumento de R$ 65,00 no final de 2011.Vocês veem outro meio?
Para a votação do aumento de 61,8% para si mesmos, passando de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil, foi rápida, afinal era de interesse deles. Junto disso havia a proposta de aumentar o salário de presidente em 133,96%, igualando ao vencimento dos deputados.
E de quem é a culpa por isso? Da própria população que continua votando nos mesmos políticos.
A propaganda política já acabou, o presidente já foi escolhido, uns ficaram tristes e outros felizes, mas isso faz parte da Democracia!
Entrtanto, não vim aqui falar disso, vim falar de educação. E não é da educação dos bons costumes, das boas maneiras e tal, quero falar da educação formal!
Essa educação que é função do Governo, seja em que esfera do poder for, e não da família. Porque há uma distinção grande entre as duas, sendo que prefiro chamar a primeira de Instrução, isso mesmo, a tarefa dos professores, no meu ponto de vista, é instruir os alunos na matéria que é de seu domínio.
Mas, vamos direto ao ponto, momento em que serei xingado! Durante as campanhas políticas, vimos a Dilma falar muito do ProUni, que ele era um programa maravilhos,o coisa e tal. OK, concordo, a ideia é ótima, mas acho que a execução não foi boa, investiram no lugar errado!
Do meu ponto de vista, acho que o incentivo deveria ter sido maior para as licenciaturas e pedagogias, que são justamente os cursos que formam professores. O Brasil possui um déficit de professores imenso para o ensino médio e fundamental, não apenas na rede pública! Em 2008, esse défiicit era de 246 mil professoes, segundo dados da CAPES. Tudo bem, muitos vão me dizer que o salário não é atrativo, concordo plenamente com isso!
Uma coisa que acontece com certe frequência no Brasil, é o jovem não ter tempo, na maioria dos casos por ter de trabalhar, para estudar e conseguir uma profissão melhor. Muitos desanimam de fazer a faculdade pelo tempo que demora, esquecendo-se dos cursos técnicos que duram entre 18 e 24 meses. Uma rota rápida para conseguir uma qualificação, e que são profissionais bastante requisitados, muito mais profissionais técnicos que profissionais com curso superior.
Espero, de verdade, que a presidente Dilma, que assumirá em 1º de janeiro de 2011, cumpra com as suas promessas de investir na formação técnica e no ensino básico, porque só assim o Brasil conseguirá vencer as suas mazelas!