Sinceramente, mas não existe melhor forma de fazer um post sobre música do que falar sobre o álbum póstumo de Amy Winehouse, lançado em 2011.
Lioness: Hidden Treasures (dezembro de 2011, Island Records) é um apanhado de músicas gravadas pela cantora que nunca haviam sido lançadas, embora algumas delas já fossem apresentadas pela própria Amy em shows particulares. Amy não teve tempo de terminar o álbum que sucederia Back in Black (2006), devido a dificuldade em lidar com as drogas e o álcool, o que culminou com a morte da cantora. Mas duas músicas que já estavam prontas estão Lioness: Between the Cheats e Like Smoke, essa última música com a participação de Nas, amigo pessoa da cantora que incluiu seus versos após a morte de Amy, em forma de rap: "Why Did God take away the homey?" ("Por que Deus levou minha camarada?") e "I'm a firm believer that we all meet up in eternity" ("Creio firmemente que todos nós nos encontraremos na eternidade).
Em Lioness: Hidden Treasures podemos ver uma Amy coesa, polida com vocais de apoio e cordas acrescentadas postumamente. Uma Amy de 18 anos que demonstra seu domínio do jazz no clássico da bossa nova "Girl from Ipanema", gravado em 2002, ou a Amy de voz sempre firme como em "Will You Still Love Me Tomorrow", num perfeito cover de The Shirelles.
Enfim, Lioness: Hidden Treasures é um álbum que apenas confirma o que todo fã de Amy Winehouse já sabe: ela tinha muita estrada a percorrer ainda. Uma infinidade de possibilidades que foi fatalmente interrompida, mas que nos deu a chance de conhecer um pouco do imenso talento dela que é considerada uma das melhores vozes de todos os tempos.
Está de volta ao Blog Novas Ideias a seção Música de Domingo, que há 2 anos vem trazendo todos os domingos dicas de boa música e que havia sido interrompida no fim de 2011. E como nossa primeira indicação de 2012 temos um lançamento: a banda alemã de gotic metal Xandria, totalmente desconhecida no Brasil vem fazendo sucesso na Alemanha com seu novo álbum, Neverworld's End, lançado na última sexta feira. Depois de algum tempo sem lançar nenhum CD de inéditas e com nova vocalista, Manuella Kraller, Xandria mostra que continua com o mesmo fôlego de antes. Com pouco tempo de vendas, Neverworld's End já está entre os 50 álbuns mais vendidos em toda a Alemanha.
E o mais novo single do álbum é Valentine, a música que você vai conhecer hoje aqui no nosso blog:
@wesleytalaveira Agora sim! Por causa do post especial sobre a carreira de Amy Winehouse, esse post que devia ter saído ontem teve de ser adiado. Se você ainda não leu o texto, leia aqui. E agora vamos falar de um dos grandes shows internacionais que o Brasil recebe esse ano, e que vai acontecer essa semana em São Paulo: a canadense Avril Lavigne volta ao Brasil 6 anos depois de sua primeira visita para trazer a turnê The Black Star Tour, para divulgar o novo CD Goodbye Lullaby. O CD, lançado em abril desse ano é o mais "maduro" da carreira, como define a própria Avril, pois conta com canções mais reflexivas, não tão "dançantes" como o anterior The Best Damn Thing. Mas mesmo assim já coleciona sucessos: What The Hell, primeiro single do CD, alcançou sucesso em todo o mundo e Smile, o segundo single, está entre as mais ouvidas, além de Wish You Where Here já ser aguardado como o próximo single.
Quem é Avril Lavigne?
Avril Ramona Lavigne nasceu em Napanee, pequena cidade de Ontario, no Canadá em 27 de setembro de 1984 e desde criança mostrou seu amor pela música. Ela mesma disse numa entrevista numa vez que, quando criança, adorava pegar vassouras para usar como microfone e subia na cama, se imaginando num palco. Ganhou um concurso de uma rádio e se apresentou com Shania Twain num palco para 20 mil pessoas e lá, ainda bem jovem, decidiu que seguiria a carreira de cantora. Para isso, teve de enfrentar a reprovação dos pais e se mudar pra Nova Iorque.
Em Nova Iorque, Avril se envolveu com o movimento punk, e começou a chamar a atenção de gravadoras. Logo assinou contrato com a Arista e lançou seu primeiro trabalho, Let Go, uma produção pequena, com músicas de composição da própria Avril que falavam da sua visão do mundo, da confusão que sua cabeça adolescente de 17 anos fazia com a vida ("tudo muda enquanto eu viro as costas, eu sou um móbile" - trecho da música Mobile); o CD era uma aposta tímida que a gravadora fazia na menina magrela franzina vinda do Canadá que cantava bem. Mas Let Go resultou num verdadeiro fenômemo: em pouco tempo as músicas Complicatede I'm With You explodiram nas rádios americanas e logo chegaram ao topo das músicas mais cantadas no mundo. Em pouco tempo, Avril viu seu trabalho chegar ao ápice: fãs por todos os lados, convites para turnês nos lugares mais absurdos do planeta, além da onda punk que tomou conta dos adolescentes no mudo todo, graças a sua influência.
Em 2004 lançou Under My Skin, com colaboração da compositora canadense Chantal Kreviazuk e de Ben Moody, ex-baterista do Evanescence. O CD trás músicas mais adultas, carregadas do Rock'nd Roll pesado, com letras que falam de decepções amorosas e frustações. Logo bateu recordes de vendas e chegou a marca de 9 milhões de cópias vendidas em 2004, sendo considerado o CD mais vendido em todo o mundo naquele ano. Ainda em 2004, a revista Rolling Stones dedica uma matéria à Under My Skin, classificando as músicas do CD como "irresistíveis", além de dizer que Avril foi uma das únicas na história da música americana a conseguir "manter a cabeça", ao manter seu estilo e rejeitar influências do hip hop, tão presentes em outros cantores na época. O The Guardian tambem se manifesta sobre Avril Lavigne, dizendo que Under My Skin era o símbolo autêntico da rebeldia punk-rock americana. A Billboard americana diz que, com o trabalho novo, Avril abandona a imagem de adolescente inocente e passa para a fase de menina madura revoltada com a adolescência, com musicas menos alegres que o primeiro trabalho. O sucesso do segundo trabalho também se confirma no Brasil, sendo o CD mais vendido de 2004.
Em 2007, Avril lança seu 3° trabalho, The Best Damn Thing, onde ela apresenta sua fase madura: músicas mais dançantes e leve inclinação ao pop. Avril confirmava, com esse trabalho, que estava abandonando a imagem de menininha pop mal resolvida. O The Guardian classifica The Best Damn Thing como um "retorno triunfal" de Avril Lavigne que, mesmo aos 22 anos e casada, colocou em suas letras o espírito adolescente, mas agora cheio de autoconfiança, provocador.O site americano About.com, especializado em música, diz que The Best Damn Thing é o típo de trabalho que faz a crítica querer "arrancar os cabelos": trás a nítida percepção de que Avril cresceu, mas ao mesmo tempo revela o espírito rebelde de menina punk que ainda está em Avril. O site diz ainda que Avril Lavigne é a "cantora do século XXI". Sobre a música When You Gone, single do CD, toda a crítica americana tem a mesma opinião: Avril se mostra madura e se assemelha com a também canadense Alanis Morrissete. No mundo todo, The Best Damn Thing vendeu 6 milhões de cópias em 2007.
Em 2011 lançou seu 4° CD, Goodbye Lullaby, e já tem planos par o 5° CD, que deve ser lançado em 2012.
Avril Lavigne é o tipo de pessoa que não tem medo de arriscar. Com o fim da adolescência, a rebeldia de menina punk foi perdendo sentido para ela. As roupas largas e desajeitadas começaram a dar lugar a modelos mais ajeitados (e sensuais), que realçavam o corpo de mulher da cantora. Avril trocou o skate pela maquiagem. Sobre essa mudança, ela mesma diz: "quando você cresce, as coisas da adolescência passam a não fazer mais sentido". Avril começa a aparecer em revistas fora do mercado da música. Posa para um ensaio da Maxim americana, que mostra a Avril que as roupas de menina escondiam: o "mulherão". Avril havia crescido, se desenvolvido e mudado, mas conservando ainda o estilo musical que a havia consagrado no mundo todo.
Veja o maior sucesso até hoje da Avril: I'm With You:
Pra conhecer melhor a Avril , vale a pena conhecer o site oficial dela no Brasil, o Alavigne. Lá dá pra encontrar tudo que esteja relacionado a ela: história, entrevistas, fotos e outros materiais.
Esse é o post de estreia da nossa Vitrola, o novo espaço de música do Blog Novas Ideias. Durante a semana disse que iríamos estrear falando um pouco sobre a carreira de Avril Lavigne, que vem a São Paulo essa semana. Mas, com a morte de Amy Winehouse, achei que seria interessante trazer um pouco da carreira dela, por isso adiamos para amanhã o post sobre a Avril. Melhor, assim teremos dois posts numa só semana!
Em janeiro eu mesmo fiz um post sobre a Amy aqui no blog e no Insoonia onde falei sobre ela ser uma pessoa autêntica: Amy não faz esforço pra ser a "cantora boazinha", que quer "mudar o mundo através da música". Ela canta porque gosta e pronto. Se vão gostar do que ela faz, se a música dela vai influenciar alguém, isso não é problema dela. O que ela quer saber é que canta o que quer, na hora que quer (quando não está com a cabeça cheia de álcool). Não quer passar imagem de pessoa certinha, tanto porque ela NÃO É. Ela é isso que sempre mostrou e ponto. Sim, eu fiquei triste com a morte dela, tanto porque sempre acompanhei a carreira dela. Amy Winehouse nao era mais uma cantora, nem uma artista fabricada por uma indústria cultural que vive de produzir personagens e lançar modinhas que vendam CD. Amy, garota branca, inglesa e judia recriou a soul music americana e tinha, como vários especialistas dizem, uma "voz negra", daí ser comparada a grandes nomes da soul music como Sarah Vaughan, Macy Gray, entre outras. Amy tinha uma personalidade única e, como disse Quency Jones há um ano atrás, ela parecia ser "de outro planeta". Concordo com críticos que diziam que Amy foi uma das melhores vozes que surgiram nos últimos anos. A Amy saiu cedo da vida e entra para a história da boa música assim como grandes nomes como Janis Joplin, Jimi Hendrix, Kurt Cobain e outros, que, coincidentemente morreram também com 27 anos de vida.
Inglesa do subúrbio de Londres, Amy começou a cantar cedo: aos 10 anos criou uma pequena banda de rock chamada Sweet 'n' Sour, as Sour, que durou pouco tempo. Aos 13 ganhou uma guitarra elétrica de presente e aos 16 já cantava profissionalmente. Não demonstrava tanto talento e era tímida. Darcus Breeze ouviu demos que ela lhe enviara e se interessou em conhecer a "garota da voz de jazz e blues". Daí pra o contrato com a Island foi um pulo. Em 2003, fez sua estreia, com o álbum Frank. O álbum foi bem recebido pela crítica e Amy recebeu quatro prêmios no ano seguinte, por melhor música contemporânea (Ivor Novello Awards) por Stronger Than Me, melhor artista solo feminina (BRIT Awards), melhor ato urbano (BRIT Awards) e melhor álbum do ano (Mercury Music Prize). Todas as músicas foram escritas por ela e marcadas por voz e estilo - um misto de jazz e hip hop - que impressionaram o público.
Em 2006 a cantora passou por uma mudança no visual. Adotou um penteado retrô, maquiagem marcante nos olhos bem ao estilo dos anos 1960, e roupas mais ousadas que influenciariam inclusive alguns estilistas depois. Seu segundo álbum, Back to Black, lançado no mesmo ano, tornaria a cantora famosa mundialmente. Também tornaria público o seu problema com drogas, expresso na música Rehab – um verdadeiro sucesso nas paradas pop dos EUA. Pelo trabalho, foi a primeira britânica a ganhar cinco Grammy Awards, em 2008, na mesma noite. A partir de então, tornou-se atração de eventos tão importantes quanto o tributo a Nelson Mandela.
Os problemas mais sérios com drogas impediram Amy de prosseguir normalmente com a carreira. Apresentações desastrosas no palco, uma voz completamente diferente do que o público havia conhecido e uma postura autodestrutiva (a cantora não esconde que toma diferentes drogas) impediu que o terceiro álbum fosse produzido. Os próprios executivos da gravadora que representava a cantora não aceitaram suas novas canções. Aparentemente recuperada, Amy prometia um novo álbum para 2011, mas suas apresentações não confirmavam essa "recuperação; seu último show, na Sérvia, foi um fiasco: depois de cantar completamente bêbada, Amy foi vaiada pela plateia. Era sua primeira apresentação desde que havia deixado a clínica de reabilitação. A cantora começou a apresentação com uma hora de atraso e não conseguiu cantar durante os 90 minutos de espetáculo. Após o ocorrido, toda sua turnê europeia foi cancelada.
Ontem Amy foi encontrada morta em casa, em Londres, por uma possível overdose de drogas.
Veja o clipe de Rehab, a música que deu destaque à Amy:
Vale a pena ver a análise da repórter Carol Nogueira, da Folha, sobre a carreira da Amy e, inclusive a influência dela sobre outros nomes "brancos" da Soul Music:
Essa semana tivemos o Dia do Rock, e nada melhor do que trazer como dica de Música de Domingo um dos maiores nomes do rock nacional: Rita Lee, em uma de suas principais músicas: Agora Só Falta Você.
Nossa dica de música de domingo de hoje é I Don't Blame You, da americana Cat Power. Ela, que já esteve várias vezes no Brasil (a última vez foi em 2010, na Virada Cultural Paulista, em São Jose dos Campos-SP), é conhecida por suas letras melancólicas e cheias de sentimento.
Nossa dica de Música de Domingo é Felicidade, do cantor paulistano Marcelo Jeneci. Além de compositor, Marcelo Jeneci é também pianista e acordeonista. Autor da canção "Amado", em parceria com Vanessa da Mata, trabalhou com artistas como Chico César, Elza Soares, Caetano Veloso, Marisa Monte, e Arnaldo Antunes, com quem compôs a música "Longe" e produziu o disco "Ao Vivo No Estúdio". Em 2010, lançou seu primeiro álbum "Feito Pra Acabar".
Saiu o novo single do Coldplay, Every Teardrop Is A Waterfall. Apesar de o título sugerir algo meio emo ("cada lágrima é uma cachoeira"), a música tem inspiração no pop setentista e no eletrônico. Pelo menos é o que diz a banda.
Depois das acusações de plágio que o Coldplay sofreu nos últimos anos, se esperava muito uma música nova da banda, e novamente a música foi citada como cópia de outra. Mas agora cópia assumida. O próprio Coldplay disse em seu site oficial que a música tem insíração em I Go to Rio, do australiano Peter Alan.
Agora que a série Deutsch Musik terminou, hoje voltamos com nossas dicas de música como fazemos todos os domingos aqui no Blog Novas Ideias. E aproveitando essa vibe de dia dos namorados, nada melhor que uma boa música pra criar o clima perfeito. Por isso nossa dica de música de hoje é Só Sei Dançar com Você, escrita pela paulistana Tulipa e gravado pela Tiê.
Esse é o último post da série Deutsch Musik: o rock e o pop na Alemanha a partir dos anos 90, e pra encerrar, temos hoje dois nomes que praticamente consolidaram o que se entende de música alemã contemporânea na Europa e no resto do mundo: a cantora Lena Meyer-Landrüt (ou apenas Lena), vencedora do Eurovision Song Contest 2010, maior competição musical da Europa, e a dupla 2raumwohnung, que apesar do nome complicadíssimo tem grande identificação com os brasileiros, principalmente por causa do álbum apenas com músicas inspiradas na nossa Bossa Nova.
2raumwohnung
Tommi Eckart e Inga Humpe, a dupla 2Raumwohnung
Ao falar da dupla, o jornalista alemão Kerstin Grether disse: as músicas são de uma franqueza incrível, não uma franqueza assustadora, mas exatamente o oposto. Se levar em conta que a dupla surgiu por acaso, a afirmação dele faz todo o sentido.
Sim, o casal Inga Humpe e Tommi Eckart sequer pensavam em gravar qualquer coisa quando escreveram a música Wir Trafen Uns in Einem Garten (nós nos encontramos em um jardim). Essa música havia sido escrita apenas para um comercial de cigarros. Mas eles não esperavam que a música viesse a fazer mais sucesso que o próprio cigarro. Resolveram, então, lançar a única música como single, que em poucos dias alcançou a marca das mais ouvidas na Alemanha, em julho de 2001, e depois veio a fazer parte do álbum Kommt Zusammen (vamos juntos). Daí pra frente não pararam de compor. Seu segundo single, 2 Millionen von von Sternen" (dois de milhões de estrelas) que também havia sido escrito para ser usado numa campanha publicitária, logo se tornou também uma das mais ouvidas na Alemanha.
Em 2003, seu segundo álbum, In wirklich (na verdade) venceu o Prêmio de Dança Alemã como melhor álbum. No ano seguinte veio o terceiro álbum, Es wird Morgen (É de manhã). Mas a dupla inovou mesmo na música alemã em 2005, ao deixar um pouco de lado as batidas eletrônicas e lançar o álbum Melancholic Schön (beleza melancólica) apenas com músicas inspiradas na Bossa Nova Brasileira. A dupla já conhecia um pouco da música produzida por aqui através do cantor Celso Fonseca, brasileiro que mora na Bélgica, mas foi depois da viagem que fizeram à Salvador que tomaram a iniciativa de gravar a bossa nova. Em terras baianas participaram do Carnaval e foram assaltados enquanto namoravam na praia, com direito a arma aportada na cabeça e horas numa delegacia para registrar Boletim de Ocorrência, mas isso foi pouco diante do que sentiram ao conhecer a música de João Gilberto, um dos pais da Bossa Nova brasileira. Ignorado até mesmo por boa parte dos brasileiros, que conforme a própria dupla percebeu, preferem o funk carioca, a Bossa Nova encantou a dupla alemã de tal forma que decidiram que teriam de gravar um álbum com o estilo, independente das dificuldades que tivessem. E tiveram muitas dificuldades. A primeira foi dar à bossa nova alemã o ar simpático que o idioma português lhe proporciona, já que o alemão é um idioma forte e pesado. Mas essa dificuldade foi superada graças a voz doce de Inga, que combinou perfeitamente com o ritmo. O álbum foi um dos mais vendidos da dupla e levou aos alemães um estilo musical até então desconhecido por lá: a genuína Bossa Nova brasileira, que transmitia mais do que apenas a música: fazia chegar à Alemanha o jeito leve e descontraído de fazer música que só os brasileiros sabiam fazer. Um importante site alemão chegou a classificar o álbum Melancholic Schön como "Ipanema no inverno alemão".
Depois disso a dupla gravou outros álbuns: 36 Grad (36 graus), em 2007, que fez sucesso com o single Besser Gehts Nicht (Melhor Impossível) e Lasso (laço), em 2009, que ganhou repercussão com o single Der letzte Abend auf der Welt (a última noite do mundo).
Veja a música Melancholic Schön, a "bossa nova alemã":
Lena Meyer-Landrüt
Eu gosto de me testar. Gosto de ver como sou percebida pelas pessoas, e eu queria saber o que grandes nomes da música teriam a dizer sobre minha voz.
Foi com essa ideia que a adolescente Lena Meyer-Landrüt se inscreveu no concurso de TV do canal estatal ARD. O concurso escolheria a cantora que representaria a Alemanha no Eurovision Song Contest 2010, na Noruega. O Eurovision é a maior competição musical de toda a Europa, e o evento mais assistido em todas as TVs europeias. Sim, a jovem de Hannover de 17 anos estava entrando numa competição que, caso vencesse, lhe traria uma das maiores responsabilidades da sua vida.
E mesmo sem nenhuma canção própria gravada, Lena concorreu com outros 4.500 cantores e foi a vencedora. Com a música Sattelite, escrita pela produção especialmente para a competição, Lena venceu a competição e representou a Alemanha no Eurovision.
No Eurovision Lena Meyer venceu todas a etapas da competição e chegou à final, no dia 29 de maio de 2010. Num palco vazio, sem coreografias, com apenas quatro back-vocal e quebrando toda a tradição do Eurovision, acostumado com gandes produções com grupos de coreografias muito bem ensaiados, Lena Meyer-Landrüt venceu a Eurovision Song Contest 2010 e se tornava naquele momento a cantora mais popular da Alemanha. Visitou a sede do governo, foi parabenizada pela chanceler alemã Angela Merkel e fez shows por toda a Alemanha, para a divulgaçao de seu primeiro álbum, My Cassete Player, lançado depois do concurso. Lena ainda fez sucesso com as músicas Bee e Touch a New Day.
Em 2011, Lena foi novamente indicada para participar do Eurovision Song Contest 2011, agora com a musica Taken By a Stranger, mas não venceu a competição.
Veja a música Satellite, que deu a Lena a vitória no Eurovision 2010:
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Obrigado aos que acompanharam a série Deutsch Musik. Quem não acompanhou, pode rever os outros posts aqui.
Até a próxima!
A série Deutsch Musik: o pop e o rock na Alemanha a partir dos anos 90 foi idealizada por Wesley Talaveira e todos os textos aqui escritos são de sua autoria, o que torna o material produzido sua propriedade exclusiva. Cópias de textos inteiros ou de trechos sem a devida autorização serão consideradas plágio, o que se configura crime de violação de direitos autorais, de acordo com a Lei n° 9610/98. Encontrou os textos dessa série em outro lugar sem o devido crédito? Avise-nos através do email weslleytalaveira@blognovasideias.com